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Comitê Eleitoral de Israel vota por proíbir partido árabe de concorrer

Sami Abu Shehadeh, membro do Knesset pela Lista Conjunta e líder do partido Balad, fala durante uma coletiva de imprensa para anunciar o lançamento de sua campanha em 20 de fevereiro de 2021. [Ahmad Gharabli/AFP via Getty Images]

O Comitê Central de Eleições de Israel aprovou ontem uma moção para proibir a Assembleia Nacional Democrática (Balad) de concorrer nas próximas eleições do Knesset.

O comite se posicionou por nove votos a cinco, acusando o Balad, liderado pelo deputado Sami Abu Shehadeh, de “minar Israel como um Estado judeu e democrático” e “incitar ao racismo”.

“A açao desta vez para desqualificar Balad é uma tentativa do [ministro da Defesa israelense] Gantz e do [primeiro-ministro interino] Lapid de projetar uma liderança árabe de acordo com suas necessidades políticas”, disse Abu Shehadeh em comunicado, acrescentando que isso falhará.

“Nós em Tajammu’ [Balad] estamos orgulhosos de apoiar a plena igualdade e de ser contra a ocupação [israelense]. Quem deveria se envergonhar é aquele que apoia a ocupação e rejeita a igualdade”, continuou ele.

Ele ressaltou que desqualificar o partido é uma “decisão política” emitida por um “comitê político”, que reflete a “correção da retórica e do projeto político da Assembleia [Balad]”.

Balad disse que a decisão de desqualificá-lo foi politicamente motivada para dividir os partidos árabes em “extremistas e moderados”, acrescentando que os cidadãos palestinos de Israel não abandonarão sua voz nacional.

O Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel, Adalah, que representou Balad perante o comitê, explicou que esta não é a primeira vez que tal reclamação foi feita a Balad, acrescentando que a Suprema Corte sempre anula a decisão.

Adalah acrescentou que vai recorrer da decisão do comitê perante a Suprema Corte.

“A Assembleia Nacional Democrática é um partido político e tem o direito de representar, eleger e trabalhar para seus eleitores”, disse o advogado de Adalah, Adi Mansour.

LEIA: ‘Partidos árabes conspiram contra Balad para apaziguar Lapid’, acusa Shehadeh

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