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Escravidão moderna está crescendo com aumento da carestia, diz ONU

Ex -trabalhadores da empresa japonesa, Furukawa, protestam contra a suposta escravidão moderna fora do escritório do Ombudsman em Quito em 2 de dezembro de 2021 [Rodrigo Buendia/AFP via Getty Images]

O número de pessoas forçadas a formas modernas de escravidão pela pobreza e outras crises aumentou em um quinto nos últimos anos para cerca de 50 milhões em um determinado dia, informou a Organização Internacional do Trabalho da ONU (OIT) hoje, informou a Reuters.

Mais de metade deles foi forçada a trabalhar contra sua vontade e o resto forçado a se casar, disse a OIT.

Ambos ficaram sob sua definição de escravidão moderna ao envolver pessoas que “não podem recusar ou não podem sair por causa de ameaças, violência, engano, abuso de poder ou outras formas de coerção”, acrescentou.

A situação havia sido exacerbada por crises como Covid-19, conflitos armados e mudanças climáticas que deixaram mais pessoas em extrema pobreza e forçaram mais a migrar, disse a agência.

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“Acho que, em geral,simplesmente relaxamos nossos esforços. Ficamos menos atentos quando trata de trabalho forçado”, disse o diretor-geral do OIT, Guy Ryder, pedindo melhorias nas práticas de inspeções trabalhistas.

Ele disse que medidas comerciais, como proibição de produtos e importações baseados em  trabalho forçado, lista atualmente em revisão pela União Europeia, também podem ajudar.

Comparado com a última contagem do ano de 2016, o número de pessoas na escravidão moderna aumentou em cerca de 9,3 milhões, segundo o relatório.

A OIT, que baseou suas estimativas em parte em pesquisas domésticas, descobriu que mais da metade de todo trabalho forçado ocorreu nos países de alta renda, com trabalhadores migrantes acima de três vezes mais que os habitantes locais sendoafetados.

Em uma parte separada do relatório, a OIT disse que o Catar – que enfrentou acusações de violações dos direitos trabalhistas relacionados a migrantes que trabalham na corrida para a Copa do Mundo em novembro – fizeram “progresso significativo” desde a abertura de um escritório de OIT, lá em abril de 2018.

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O executivo -chefe do Catar 2022, Nasser Al Khater, disse na quinta -feira que o país enfrentou muitas críticas injustas..

A OIT também apontou preocupação com as acusações de trabalho forçado em partes da China, referindo-se  a um relatório dlo Escritório de Direitos da ONU em 31 de agosto, que dizia que “violações graves de direitos humanos” foram cometidos na China e que a detenção de uigures e outros muçulmanos em Xinjiang pode constituir crimes contra a humanidade.

A China negou vigorosamente as acusações e no mês passado ratificou duas convenções contra o trabalho forçado.

 

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