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Grupo evangélico radicado nos EUA expropria terras palestinas

Cristãos evangélicos colhem uvas Gewürztraminer para um vinhedo israelense, sob pretextos religiosos, no assentamento ilegal de Shilo, na Cisjordânia ocupada, em 25 de agosto de 2019 [David Silverman/Getty Images]

O grupo evangélico HaYovel – radicado nos Estados Unidos – enviou cartas a apoiadores para coletar recursos com intuito de plantar três mil árvores até dezembro, como parte do projeto “Make Israel Green”, que busca expropriar terras palestinas na Cisjordânia ocupada.

A organização já plantou uma “floresta” no assentamento ilegal de Har Brakha, ao sul da cidade palestina de Nablus, no norte da Cisjordânia.

A organização também confirmou o plantio de 20 mil árvores anualmente em uma área de mil dunams (247 acres), em todo o território palestino.

A HaYovel é registrada nos Estados Unidos como entidade sem fins lucrativos e suas doações a projetos coloniais são isentas de tributação. A organização alega “fornecer serviços e ajuda aos fazendeiros de Israel”, reportou o Haaretz, segundo documentação deferida pelas autoridades tributárias dos Estados Unidos.

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Conforme a reportagem, a entidade busca recrutar voluntários evangélicos para cultivar uvas em vinhedos instalados nos assentamentos ilegais.

Segundo Dror Atkes, cofundador da organização Kerem Navot, que monitora os assentamentos: “A razão para que as terras sejam improdutivas há anos, o que serve de pretexto para transferir seu controle, decorre do empecilho imposto por colonos de Har Brakha e do exército israelense para que os proprietários palestinos não entrem em suas terras”.

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