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Mulher israelense acusada de espionar por Teerã tenta suicídio

Forças israelenses em Jerusalém ocupada, 3 de agosto de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Forças israelenses em Jerusalém ocupada, 3 de agosto de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Uma mulher israelense acusada de espionagem em nome de Teerã, em prisão domiciliar desde dezembro, tentou cometer suicídio na última quinta-feira (11). Segundo paramédicos, a mulher ingeriu uma alta dose de medicamentos e foi levada ao hospital em estado grave.

Em janeiro, o serviço de vigilância doméstica Shin Bet confirmou a captura de cinco cidadãos do estado sionista acusados de auxiliar o agente iraniano Rambod Namdar, infiltrado em Israel sob o disfarce de um indivíduo judeu.

Namdar, no entanto, fazia contatos com israelenses e coletava informações sobre localidades sensíveis no território ocupado, incluindo instalações do governo.

Dois dos suspeitos eram casados.

A mulher que tentou suicídio encaminhou a Namdar fotografias de prédios públicos por anos, incluindo o consulado dos Estados Unidos em Jerusalém ocupada. Seu marido foi preso como cúmplice por conhecimento do fato e por transportá-la até o local.

“Nos últimos oito meses, nossa vida se tornou em um inferno”, declarou o marido ao jornal Times of Israel. Conforme o relato, a esposa sofreu abuso nas mãos do Shin Bet, durante os interrogatórios, com intuito de coagí-la a confessar os crimes.

Segundo o casal, todo e qualquer contato com Namdar foi cortado assim que ambos passaram a ser investigados.

O marido constatou ainda que, durante o julgamento, a principal testemunha de acusação era um indivíduo sem conhecido do idioma farsi. “Como então poderia saber se era espionagem?”, questionou a defesa.

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