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Crise hídrica impõe risco a milhões de libaneses, alerta Unicef

Lago artificial de Qaraoun, na região libanesa do vale do Bekaa [Joseph Eid/AFP via Getty Images]

O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) advertiu que a crise hídrica no Líbano põe em risco a saúde de milhões de pessoas – sobretudo crianças.

Em relatório intitulado “Struggling to keep the taps on” (“Lutando para manter as torneiras abertas”), a Unicef destacou: “As chances de uma solução continuam distantes, dado que a falta de energia elétrica impossibilita bombear água suficiente ou impede completamente o fluxo de água às residências”.

Segundo o documento, o Líbano conseguiu até então evitar o colapso de sua infraestrutura hídrica. Entretanto, milhões de pessoas são afetadas pelo volume reduzido de água potável disponível à população. Os sistemas hídricos registram degradação exponencial.

O relatório reconheceu a carestia global dos insumos de petróleo como parte das raízes do colapso socioeconômico no Líbano, além da pandemia de coronavírus. Analistas reafirmam ainda má gestão do governo e corrupção endêmica.

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Em 2021, a Unicef já havia alertado para as ameaças impostas ao sistema hídrico levantino, ao recomendar a restauração urgente das redes de abastecimento de energia.

A crise de combustíveis e a falta de luz são parte das repercussões cotidianas da severa crise econômica que tomou o país desde 2019. Blecautes são quase diários.

A crise econômica exauriu as reservas libanesas de moeda estrangeira e impossibilitou o câmbio para cidadãos cuja maior parte dos parentes vive na diáspora.

Além disso, a carência em dólares reduziu drasticamente a capacidade do estado de importar combustíveis para abastecer suas próprias usinas termoelétricas.

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