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Israel ‘legaliza’ e expande posto colonial avançado na Cisjordânia ocupada

Palestinos protestam contra a construção de assentamentos exclusivamente judaicos na aldeia de Beita, em Nablus, Cisjordânia ocupada, 4 de fevereiro de 2022 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Nesta terça-feira (19), autoridades de Israel legalizaram em âmbito doméstico o posto colonial avançado de Mitzpe Dani, construído a oeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, ao aprovar um plano para instalar 114 novas unidades residenciais na área, estimada em 150 dunums (ou 37 acres).

Muayyad Shaaban, chefe do comitê local que monitora os assentamentos, destacou à agência de notícias Wafa que as autoridades ocupantes costumavam evitar a legitimação ou expansão do posto colonial supracitado.

Contudo, a nova planta da comunidade exclusivamente judaica foi deferida nesta terça-feira, o que deve resultar na expropriação de mais terras palestinas na aldeia de Deir Dibwan.

Shaaban advertiu que Israel pretende expandir vastos blocos coloniais nas terras palestinas, sobretudo na parte oriental da Cisjordânia ocupada, perto do Vale do Jordão.

O posto avançado de Mitzpe Dani foi construído em 1999, durante o primeiro mandato do ex-premiê Benjamin Netanyahu. Centenas de acres foram declarados áreas fechadas a serviço de obras para assentamentos ilegais. Os nativos palestinos foram impedidos de acessar as terras.

Shaaban alertou os habitantes das intenções coloniais de Tel Aviv e pediu vigilância nas áreas de atividade de colonos ilegais – que regularmente cometem atos de violência racial contra a população árabe.

A ong israelense Peace Now estima que há cerca de 660 mil colonos radicados em 145 assentamentos e 140 postos coloniais nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém.

A lei internacional considera todos os assentamentos e postos avançados em áreas ocupadas como terminantemente ilegais. Os postos coloniais são ilegais até mesmo sob a lei israelense.

LEIA: Israel demole aldeia palestina pela 204ª vez

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