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Turquia deve enfrentar justiça internacional por genocídio iazidi, segundo relatório

Funeral em massa de vítimas iazidis do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), na aldeia de Kojo, distrito de Sinjar, norte do Iraque, em 6 de fevereiro de 2021 [Zaid al-Obeidi/AFP via Getty Images]

Helena Kennedy, advogada britânica de direitos humanos, alertou em relatório que a Turquia deveria ser indiciada perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) por cumplicidade com o genocídio perpetrado contra o povo iazidi. As informações são do jornal The Guardian.

O documento investigativo compromete também Síria e Iraque por não impedir os assassinatos em massa, cometidos em grande parte pelo grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh).

LEIA: Oitenta e uma valas comuns de yazidis foram encontradas em Sinjar, no Iraque, desde 2014

Os advogados que coletaram as informações – denominados Comitê de Justiça Iazidi (YCJ) – advertiram que os estados em questão são responsáveis sob a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

Sir Geoffrey Nice, presidente da comissão britânica, descreveu como “insanidade” o genocídio iazidi. “Mecanismos em vigor podem socorrer os iazidis do que agora é parte de seu passado e parte da destruição parcial de seu passado”, comentou Nice.

Segundo o relatório: “Oficiais turcos sabiam ou ignoraram deliberadamente evidências de que indivíduos usariam treinamento militar para cometer atos restritos contra o povo iazidi”.

Ümit Yalcin, embaixador turco no Reino Unido, negou as acusações. “A Turquia, desde o início do conflito na Síria, exerceu um papel essencial em defender civis e minorias, incluindo iazidis, dos ataques e das violações de grupos terroristas”, alegou o diplomata.

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