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Igreja Presbiteriana estadunidense declara Israel como “estado do apartheid”.

Uma Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos [Eugene Zelenko/Wikipedia]

A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos votou para declarar Israel como um “estado do apartheid” e colocar  o “Dia da Lembrança de Nakba” dentro do calendário da igreja. As decisões foram tomadas na 225ª Assembleia Geral da Igreja.

“As leis, políticas e práticas de Israel em relação ao povo palestino correspondem à definição legal internacional de apartheid”, disse o Comitê de Engajamento Internacional da igreja. O comitê constatou que existem dois conjuntos de leis, uma para os judeus israelenses e outra para os palestinos, que são opressoras em relação aos palestinos. Os colonos israelenses, por exemplo, estão autorizados a roubar terras e água, enquanto aos palestinos é negada a liberdade de moradia e de deslocamento.

Anistia designa Israel como estado de apartheid [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

A igreja acrescentou que os palestinos que vivem em Israel e nos territórios palestinos ocupados têm “um status de inferioridade” e são impedidos de participar da “vida política, social, econômica e cultural” de seu país.

“Esta perspectiva é buscada com a esperança de levar a uma reconciliação pacífica para o povo de Israel e da Palestina semelhante à que ocorreu na África do Sul quando o apartheid foi reconhecido internacionalmente”, explicou o comitê. “Os cristãos se manifestaram nos anos 50 contra a segregação nos Estados Unidos e mais tarde contra o apartheid na África do Sul”. Eles devem novamente levantar sua voz e condenar a discriminação de Israel contra os palestinos e dar um nome ao crime contra a humanidade que esta discriminação representa, o crime do apartheid”.

O comitê também pediu o fim do cerco de Israel a Gaza e afirmou que é “direito de todas as pessoas viver e cultuar pacificamente” em Jerusalém.

A resolução que designa o dia 15 de maio a cada ano como Dia da Memória Nakba da Palestina relembra a tragédia de 750.000 palestinos sendo expulsos pelas milícias sionistas e grupos terroristas na corrida para a criação do Estado de Israel em 1948 e depois dela. A resolução foi aprovada por unanimidade, “com o objetivo de levantar a oração pela paz” e “dar solidariedade aos que sofrem sob ocupação”.

Israel tem ocupado a Cisjordânia e a Faixa de Gaza desde 1967. Os abusos dos direitos humanos contra os palestinos e as violações do direito internacional são ocorrências diárias, incluindo crimes de guerra. O próprio apartheid é um crime contra a humanidade.

LEIA: ‘Israel é um estado de apartheid – legal, politica e moralmente’, conclui conferência histórica

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Palestina: quatro mil anos de história
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