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Corte de Israel adia expulsão de família palestina de Jerusalém ocupada

Palestinos assistem à demolição de um sobrado pertencente à família al-Rajbi por tratores da ocupação israelense, no bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental, 10 de maio de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A Suprema Corte de Israel decidiu nesta quarta-feira (29) protelar seu veredito sobre a expulsão de uma família palestina de sua residência em Wadi al-Hilwa, no bairro de Silwan, em Jerusalém ocupada. As informações são da agência de notícias Safa.

O tribunal espera uma resposta da agência responsável pela Lei de Propriedade Ausente, que deve conceder razão pela qual declarou vaga o imóvel, sem averiguar títulos de herança.

A Lei de Propriedade Ausente é uma das ordenações discriminatórias impostas pela ocupação sionista para expropriar terras e estruturas palestinas e concedê-las a colonos estrangeiros. O texto prevê apreensão de posses supostamente abandonadas pelos palestinos, sobretudo em fuga devido à Nakba em curso — isto é, o processo de limpeza étnica desde 1948.

Não obstante, a residência em questão é habitada por Mohammad Samreen e sua esposa, que receberam permissão do falecido proprietário Musa Samreen para tanto, destacou à imprensa o advogado Mohammad Dahla. A transferência de posse está documentada em testamento.

Dahla reforçou o fato em seu recurso submetido à Suprema Corte. O tribunal deferiu o pedido e pediu esclarecimentos ao departamento responsável.

Previamente, uma corte distrital ordenou a expulsão da família palestina em favor de grupos coloniais, incluindo o Fundo do Assentamentos de El Ad.

LEIA: Igrejas de Jerusalém condenam ‘judaização’ de terras adjacentes a Al-Aqsa

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