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Israel usa tortura ‘não convencional’ contra os palestinos

Protesto reivindica que os corpos de prisioneiros palestinos falecidos nas penitenciárias de Israel sejam devolvidos a suas famílias, em frente ao escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Cidade de Gaza, em 23 de maio de 2022 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

Para marcar o Dia Internacional de Apoio às Vítima de Tortura, celebrado neste domingo, 26 de junho, o Clube dos Prisioneiros Palestinos emitiu um comunicado no qual detalhou a adoção de tortura “não convencional” por parte de Israel contra palestinos em custódia.

“Este dia deve ser usado para expor os crimes de tortura que Israel conduz contra os prisioneiros palestinos dentro de suas cadeias”, afirmou a organização.

“É senso comum que a tortura é imposta apenas durante o interrogatório. Contudo, dentro das cadeias israelenses, os palestinos enfrentam todo tipo de tortura física, verbal e psicológica, do momento em que são capturados até sua soltura”, reafirmou a nota. “É algo não convencional, para dizer o mínimo”.

As autoridades da ocupação, prosseguiu a entidade, não discriminam entre os prisioneiros palestinos: crianças, jovens, idosos e mulheres sofrem maus tratos. Mulheres são também submetidas a violência sexual equivalente a tortura.

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O movimento de resistência Hamas comentou: “Esta data celebrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) representa uma oportunidade para expor a tortura perpetrada pela ocupação sionista contra os prisioneiros palestinos”.

“Neste dia, todas as partes têm de expor o sofrimento contínuo oriundo das práticas e políticas brutais da ocupação, sobretudo as piores formas de tortura física e psicológica instituídas sobre o povo palestino”, reiterou o grupo radicado em Gaza.

O Hamas alertou que Israel utiliza diversos métodos contra os prisioneiros palestinos — “sobretudo crianças, mulheres e doentes”.

“Esses crimes hediondos violam todas as convenções e leis internacionais”, concluiu o Hamas. “A tortura sistemática conduzida por Israel contra os palestinos resultou em doenças crônicas, deficiências permanentes e traumas físicos e psicológicos. Dezenas foram mortos sob tortura”.

Em uníssono, o Clube dos Prisioneiros Palestinos e movimento Hamas reivindicaram justiça aos crimes perpetuados pela ocupação israelense.

“As violações contra os prisioneiros políticos devem ter fim imediato; precisam ser libertados sem demora”, afirmaram ambos.

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