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Arábia Saudita planeja duas visitas aos EUA em meio a reaproximação

Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita, durante Grand Prix da Fórmula Um na cidade de Jeddah, em 5 de dezembro de 2021 [Cristiano Barni/Getty Images]
Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita, durante Grand Prix da Fórmula Um na cidade de Jeddah, em 5 de dezembro de 2021 [Cristiano Barni/Getty Images]

Duas delegações sauditas planejam visitar os Estados Unidos em junho, relataram oficiais neste sábado (4), à medida que ambas as partes buscam remendar relações e preparar uma eventual visita do presidente americano Joe Biden à monarquia.

As informações são da agência de notícias Reuters.

A primeira delegação deve pousar na cidade de Washington em 15 de junho, chefiada pelo Ministro do Comércio Majid bin Abdullah al-Qasabi. A segunda deve chegar no fim do mês, chefiada pelo Ministro de Investimentos Khaled al-Falih.

Os planos, contudo, não são públicos e as fontes insistiram em manter seu anonimato. O governo saudita não comentou os rumores até então.

As delegações devem incluir dezenas de agentes e executivos do setor público e privado, com objetivo de debater acordos em diversas áreas, dentre as quais: transporte, logística e energia renovável.

LEIA: Mediação dos EUA pode abrir caminho para normalização saudi-israelense

Na sexta-feira (3), Biden admitiu a possibilidade de viajar em breve à monarquia. Analistas sugerem expectativas de uma conversa abrangente com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita.

A visita pode ajudar a reaproximar as partes, sob impasse devido à carestia do petróleo, a guerra no Iêmen e o morte de Jamal Khashoggi, colunista do jornal The Washington Post, executado dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia, em 2018.

O comentário de Biden sucedeu uma decisão do grupo conhecido como OPEP+ — formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia — de aumentar a produção de petróleo e possivelmente reduzir os preços.

Outro avanço favorável é a trégua entre rebeldes houthis — ligados a Teerã — e a coalizão saudita que intervém no Iêmen. A Casa Branca enalteceu ambas as medidas.

Não obstante, a posição de Washington parece retroceder gradualmente sob receios de que estados do Golfo aprofundem relações com Rússia e China.

“Independentemente de ocorrer ou não a visita de Biden, ambos os lados trabalham para restaurar laços em níveis institucionais e diversos setores”, confirmou uma das fontes.

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