O Movimento Islâmico na Jordânia ontem condenou os comentários israelenses sobre a custódia da Jordânia sobre Jerusalém, informou a Quds Press.
A Frente de Ação Islâmica, o braço político do Movimento Islâmico na Jordânia, disse: “As observações do [primeiro-ministro israelense Naftali] Bennett equivalem a uma agressão flagrante à soberania jordaniana e ao papel histórico da Jordânia na Jerusalém ocupada”.
Isso ocorre depois que Bennett afirmou, no domingo (08), que Israel sozinho tem soberania sobre a cidade ocupada de Jerusalém, e não há interferência estrangeira.
“Todas as decisões sobre o Monte do Templo [Mesquita de Al-Aqsa] e Jerusalém serão tomadas pelo governo israelense, que detém a soberania sobre a cidade, sem quaisquer considerações externas”, disse ele na reunião semanal do Gabinete.
Enquanto isso, o chefe do Bloco Al-Islah no parlamento, Saleh Al-Armouti, disse: “As observações de Bennett são consideradas uma declaração de guerra contra o Estado jordaniano”.
“Esse é um precedente perigoso que coloca a segurança e a paz mundial em jogo”, acrescentou, pedindo o corte das relações com Israel.
O ministro jordaniano do Awqaf, Mohamed Al-Khalayleh, disse: “A custódia da Jordânia em locais sagrados cristãos e islâmicos ainda está ativa e permanecerá ativa”.
O ministro jordaniano de Awqaf administra mais de 80 por cento dos locais sagrados islâmicos e cristãos na Cidade Velha de Jerusalém, incluindo 115 mesquitas, além da Mesquita de Al-Aqsa.
LEIA: Hamas repudia comentário de Bennett sobre ‘soberania israelense’ de Jerusalém