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‘Os palestinos devem ter uma entidade política separada, não geográfica’, afirma Gantz

O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, em Tel Aviv, em 20 de janeiro de 2022 [Jack Guez/AFP via Getty Images]

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, anunciou na sexta-feira (15) que a solução do conflito israelo-palestino deveria se basear na criação de duas entidades políticas, não geográficas diferentes, segundo relatos árabes.

Falando ao site de notícias Walla, Gantz afirmou que a entidade israelense deve manter sua superioridade militar sobre a entidade palestina.

Gantz disse que, se se tornar primeiro-ministro, continuará se encontrando com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, “para buscar uma realidade melhor”.

Ele citou os falecidos líderes israelenses que fizeram as pazes com os estados árabes e enfatizou que Israel deve manter sua segurança e superioridade militar na região.

Sobre as diferentes entidades políticas, Gantz explicou que cada uma se preocupa com seus próprios assuntos, afirmando que a integridade geográfica palestina deve ser baseada apenas em um sistema de transporte que a facilite.

“Estou tentando fazer uma realidade muito mais positiva”, observou. “É muito difícil alcançar a paz, mas vamos tentar viver em paz.”

Sobre seus encontros com Abbas, Gantz acrescentou: “Ele [Abbas] é contra a violência e acredita que o conflito deve ser político… O conflito nunca não é bom para nós, e ir ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia e nos descrever como um regime de apartheid não é a coisa certa”.

Falando de Abbas, Gantz continuou: “Condenar o terror é bom; pagar dinheiro para terroristas não é bom, mas as discussões com ele foram respeitosas”.

Gantz reconheceu que a AP é fraca, acrescentando que Israel está tentando apoiá-la e pede que ela seja mais poderosa no norte da Cisjordânia.

Gantz indicou que os palestinos podem governar a si mesmos e que Israel não interferirá em seus assuntos.

“Queremos ser uma democracia. Um Estado seguro e exclusivamente judeu”, expressou, “queremos nos concentrar nisso, não em governar os palestinos”.

LEIA: Abordagem dos EUA confirma a morte da solução ‘dois estados’

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