No último sábado (9), o Twitter suspendeu a conta em árabe do brigadeiro-general Yahya Saree, porta-voz das forças armadas iemenitas alinhadas ao governo houthi.
A conta possuía 300 mil seguidores e estava ativa desde novembro de 2018, concedendo atualizações e notas oficiais sobre as operações militares do grupo rebelde contra Arábia Saudita e seu aliado de coalizão, Emirados Árabes Unidos.
https://twitter.com/Soureh_design2/status/1513101031902699522?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1513101031902699522%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20220411-twitter-suspends-arabic-language-account-of-houthi-military-spokesman%2F
A página administrada por Saree compartilhava acontecimentos em campo ao longo da guerra, travada entre rebeldes houthis, ligado ao Irã, e tropas que intervêm a favor do governo exilado de Abd Rabbuh Mansour Hadi, lideradas pela Arábia Saudita.
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A conta em inglês de Saree permanece ativa; nesta segunda-feira (11), o militar compartilhou uma mensagem em árabe para denunciar a medida da rede social como “censura alinhada às forças agressoras”, com intuito de “silenciar vozes que expõem seus crimes”.
Saree criou outra conta em árabe – até então, com 12 mil seguidores.
Há alguns dias, Hadi destituiu seu vice-presidente, Ali Mohsen al-Ahmar, e transferiu poderes a um novo conselho executivo. Há esperanças de que a iniciativa traga novos avanços políticos ao conflito de quase nove anos.
O conselho, chefiado por um antigo assessor de Hadi, inclui oito membros, com representação igualitária entre norte e sul do país. Excluídos do comitê, os houthis – governantes de facto na capital Sana’a – criticaram sua instauração, ao denunciá-lo como “ilegítimo”.
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