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Novo Conselho Presidencial do Iêmen promete ‘paz’ ao país

Presidente do Iêmen Abd Rabbuh Mansour Hadi discursa à Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, 26 de setembro de 2018 [John Moore/Getty Images]

O Presidente do Iêmen Abd Rabbuh Mansour Hadi destituiu seu vice Ali Mohsen al-Ahmar e transmitiu seus poderes a um novo Conselho Presidencial composto por oito membros, que deve governar parte do país por um período transicional.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Hadi permanece exilado na Arábia Saudita desde fevereiro de 2015, quando rebeldes houthis, alinhados a Teerã, capturaram a maior parte do território iemenita, incluindo a capital Sana’a.

Rashad al-Alimi, chefe do Conselho Presidencial, afirmou em seu primeiro discurso à televisão estatal que a nova entidade executiva “trabalhará para superar a guerra e alcançar a paz”. Em seguida, descreveu o órgão como “conselho da paz … força e união, cuja missão é defender a soberania do país e proteger seus cidadãos”.

Além de al-Alimi, estão entre os membros: Tariq Mohammed Saleh, comandante das Forças de Resistência Nacional; Abdulrahman Abu Zara’a, chefe da chamada Brigada dos Gigantes; e Aidarous Qassem al-Zubaidi, chefe do grupo separatista Conselho de Transição do Sul. Todos as organizações supracitadas recebem apoio externo dos Emirados Árabes Unidos (EAU).

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Além deles: Sultan Ali al-Arada, governador de Marib; Othman Hussein Megally, congressista e líder tribal da província de Saada; Faraj Salmin al-Bahsani, comandante da 2ª Região Militar do Iêmen e governador de Hadramaute; e Abdullah Bawazeer, diretor do gabinete da presidência.

Nasser Altawil, professor da Universidade de Sana’a, no entanto, contestou a terminologia, ao descrever a instituição como “conselho de guerra”, dado que sua estrutura reúne os principais componentes militares do regime de Hadi e seus aliados.

Altawil afirmou à Anadolu que “a melhor ação deste conselho será em caso de guerra contra os rebeldes houthis … porque é a única coisa que une seus membros”. Contudo, o chefe do grupo, al-Alimi, insiste que seu propósito é “restaurar o estado e conquistar estabilidade e segurança”.

Liga Árabe, Estados Unidos, França e Turquia expressaram otimismo e apoio ao conselho.

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