Portuguese / English

Middle East Near You

Crise no Líbano está entre as três piores do mundo, alerta Banco mundial

Caixa eletrônico após protestos contra a crise econômica em Beirute, capital do Líbano, 18 de fevereiro de 2022 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]
Caixa eletrônico após protestos contra a crise econômica em Beirute, capital do Líbano, 18 de fevereiro de 2022 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]

Saroj Kumar Jha, diretor regional do Departamento de Mashreq do Banco Mundial, descreveu o colapso econômico no Líbano como a pior crise da história nacional e uma das três piores crises em todo o mundo.

Kumar participou nesta segunda-feira (4) de um encontro do Comitê de Reforma, Recuperação e Reconstrução do Líbano, presidido pelo primeiro-ministro Najib Mikati, em coordenação com as Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial.

Caixa eletrônico após protestos contra a crise econômica em Beirute, capital do Líbano, 18 de fevereiro de 2022 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]

Caixa eletrônico após protestos contra a crise econômica em Beirute, capital do Líbano, 18 de fevereiro de 2022 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]

Kumar fez um apelo por estabilidade no nível macroeconômico.

“O Líbano vivenciou muitas crises ao longo dos anos, mas esta é a pior de todas”, reafirmou Kumar. “De fato, a crise no Líbano está entre as três piores de todo o mundo”.

Há ao menos dois anos, o país levantino sofre com o colapso financeiro, como não visto desde a guerra civil, entre 1975 e 1990. Seu sistema bancário incorreu em perdas estimadas por Beirute em torno de US$69 bilhões.

Kumar constatou que a situação é precária e que a deflação nacional chegou a 60% em 2021.

Apesar de manifestar otimismo sobre reformas promovidas por Mikati, alertou: “Caso o programa não vá bem, levará a maior deflação e novas crises socioeconômicas”.

Kumar insistiu na “necessidade de um plano de reforma que abrange um programa financeiro, além da quitação de dívidas, restruturação do setor bancário e desenvolvimento dos sistemas de proteção social”.

Destacou Mikati: “O governo trabalha por meio das autoridades relevantes para reunir um ponto de vista abrangente sobre desenvolvimento, recuperação e reforma entre as partes; estamos perto de concluir essa tarefa para conduzir as reformas necessárias”.

LEIA: Alemanha considera comprar mísseis antiaéreos de Israel ou EUA

Categorias
LíbanoNotíciaOriente Médio
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments