Saroj Kumar Jha, diretor regional do Departamento de Mashreq do Banco Mundial, descreveu o colapso econômico no Líbano como a pior crise da história nacional e uma das três piores crises em todo o mundo.
Kumar participou nesta segunda-feira (4) de um encontro do Comitê de Reforma, Recuperação e Reconstrução do Líbano, presidido pelo primeiro-ministro Najib Mikati, em coordenação com as Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial.
![Caixa eletrônico após protestos contra a crise econômica em Beirute, capital do Líbano, 18 de fevereiro de 2022 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2022/04/IMG_1180-scaled-1.webp?resize=500%2C312&quality=75&strip=all&ssl=1)
Caixa eletrônico após protestos contra a crise econômica em Beirute, capital do Líbano, 18 de fevereiro de 2022 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]
Kumar fez um apelo por estabilidade no nível macroeconômico.
“O Líbano vivenciou muitas crises ao longo dos anos, mas esta é a pior de todas”, reafirmou Kumar. “De fato, a crise no Líbano está entre as três piores de todo o mundo”.
Há ao menos dois anos, o país levantino sofre com o colapso financeiro, como não visto desde a guerra civil, entre 1975 e 1990. Seu sistema bancário incorreu em perdas estimadas por Beirute em torno de US$69 bilhões.
Kumar constatou que a situação é precária e que a deflação nacional chegou a 60% em 2021.
Apesar de manifestar otimismo sobre reformas promovidas por Mikati, alertou: “Caso o programa não vá bem, levará a maior deflação e novas crises socioeconômicas”.
Kumar insistiu na “necessidade de um plano de reforma que abrange um programa financeiro, além da quitação de dívidas, restruturação do setor bancário e desenvolvimento dos sistemas de proteção social”.
Destacou Mikati: “O governo trabalha por meio das autoridades relevantes para reunir um ponto de vista abrangente sobre desenvolvimento, recuperação e reforma entre as partes; estamos perto de concluir essa tarefa para conduzir as reformas necessárias”.
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