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Organização de direitos humanos da Tunísia critica julgamentos militares de civis e pede revisão da lei

Centenas participam de um protesto contra a dissolução do Conselho Judiciário Supremo pelo presidente, Kais Saied, em Túnis, Tunísia, 13 de fevereiro de 2022 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

A Liga de Direitos Humanos da Tunísia condenou, na segunda-feira (28), a realização de julgamentos militares para civis e pediu a aceleração da revisão das leis, informou a Agência Anadolu.

A Liga afirmou, em comunicado, na sequência da convocação do seu Conselho Nacional em 26 e 27 de março, que está empenhada em “defender todos os direitos civis, políticos, econômicos e sociais”, com base nas referências nacionais e internacionais relacionadas com todos os direitos indissociáveis aos direitos humanos.

Em seu comunicado, a Liga tunisiana alertou para a continuação da impunidade e o julgamento de jornalistas sob a Lei do Terrorismo, restrições aos ativistas de direitos humanos e a possibilidade de emitir decretos que restrinjam as associações civis e limitem suas atividades.

O comunicado pediu à autoridade suprema do país que reduza os prazos para a situação excepcional, envolva as forças nacionais na formulação de políticas públicas e envolva a Liga em qualquer diálogo futuro.

A Tunísia vive uma crise política desde 25 de julho passado, quando o presidente, Kais Saied, impôs medidas “excepcionais”, incluindo o congelamento do parlamento, a promulgação de legislação por decreto presidencial, a demissão do gabinete e a nomeação de um novo.

A maioria das forças políticas rejeita as medidas de Saied e as considera um “golpe contra a Constituição”.

Seguindo os procedimentos excepcionais de Saied, várias decisões controversas foram tomadas, incluindo a prisão de vários advogados, legisladores e profissionais da mídia, além de encaminhá-los ao judiciário militar.

LEIA: Tunísia promove sessões parlamentares para anular fechamento do Congresso

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