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A Invasão do Iraque

A guerra começou oficialmente em 20 de março de 2003, na chamada “Operação Liberdade do Iraque”, com um intenso bombardeio e o envio de 200 mil soldados.

Em 11 de setembro de 2001, dois aviões foram lançados contra as duas torres do World Trade Center, em Nova York. Outro avião atingiu o Pentágono e um outro, que provavelmente visava a Casa Branca, em Washington, caiu próximo a Pittsburg. A organização Al Qaeda, que tinha base no Afeganistão, foi responsabilizada pelo ataque.

Os atentados foram usados como pretexto pelos Estados Unidos para declarar a chamada “guerra ao terror”, adotando e insuflando políticas de vigilância consideradas xenofóbicas, invadindo o Afeganistão e ameaçando países acusados de pertencerem a um “eixo do mal”: Coreia do Norte, Irã e Iraque.

Apesar da agência de segurança nacional americana concluir que a al-Qaeda era a unica responsável pelos atentados do 11 de setembro, o secretário de defesa americano, Donald Rumsfeld, autorizou planos de invasão ao Iraque.

A estratégia de segurança nacional do país, que ficou conhecida como Doutrina Bush, previa agir militarmente, por decisão unilateral, em nome do direito à autodefesa, de forma preventiva e antecipada.

LEIA: É hora de desmilitarizar a relação entre Estados Unidos e Iraque

Alegando, sem provas, que o Iraque tinha armas de destruição em massa e colaborava com a al-Qaeda, os Estados Unidos pediram autorização da ONU para a invasão. A Comissão de Monitoramento, Verificação e Inspeção da ONU realizou diversas inspeções no Iraque e, em fevereiro de 2003, concluiu que não havia nenhum indício da presença ou produção dessas armas.

Apesar disso, em 17 de março de 2003, Bush deu a Saddam e seus filhos 48 horas para saírem do Iraque. A alegação de Bush, e do aliado Tony Blair,  primeiro-ministro  do Reino Unido, era a missão de “desarmar o regime iraquiano, encerrar o apoio de Saddam Hussein a organizações terroristas e libertar o povo iraquiano”.

A ameaça ao Iraque gerou o primeiro grande protesto globalizado, mas os apelos da sociedade planetária contra a guerra não foram ouvidos.

Politicamente, o ataque visava reafirmar a hegemonia política-militar americana após o 11 de setembro. O lobby pró-Israel no Congresso Americano também pressionou pela deposição de Sadam Hussein, visto como uma ameaça à existência de Israel.

Economicamente, a guerra traria grandes lucros, dando acesso às reservas de petróleo do Iraque e as empreiteiras da coalizão liderada pelos Estados Unidos poderiam lucrar com a reconstrução do país destruído.

A guerra começou oficialmente em 20 de março de 2003, na chamada “Operação Liberdade do Iraque”, com um intenso bombardeio e o envio de 200 mil soldados.

Os Estados Unidos tomaram Bagdá pouco menos de um mês após a invasão. Logo a coalizão conseguiu derrubar o governo de Saddam Hussein e instituir um governo provisório.

Hussein foi capturado em 2003 pelas forças ocupantes, condenado à morte e executado por enforcamento em dezembro de 2006.

A ação dos Estados Unidos levou o Estado Iraquiano ao colapso, fragmentado em linhas sectárias e início de uma guerra civil.

Os Estados Unidos saíram parcialmente do país em 2011, e durante os oito anos de guerra, estima-se que tenham gasto quase dois trilhões de dólares.  Há estimativas que apontam que mais de 650 mil iraquianos morreram durante a invasão.

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