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Rússia usa presença iraniana nas Colinas de Golã para alertar Israel sobre apoio à Ucrânia

Soldados israelenses e americanos se reúnem com vista para a fronteira israelense-síria, em 9 de março de 2022, nas Colinas de Golã, anexadas a Israel [Jalaa Marey/AFP via Getty Images]

A Rússia tem usado a presença de milícias apoiadas pelo Irã no sul da Síria, principalmente perto das Colinas de Golã ocupadas, para pressionar Israel pelo apoio à oposição ocidental à invasão da Ucrânia. A mídia local informou que, em 12 de março, por exemplo, a Rússia realizou uma patrulha de veículos militares iranianos no lado sírio das Colinas de Golã.

A mídia citou o analista militar brigadeiro-general Asaad Al-Zoubi dizendo que, ao permitir que os iranianos se movam perto da fronteira, a Rússia envia um aviso a Israel, que ocupa as Colinas de Golã. O governo israelense está basicamente sendo instruído a não apoiar os EUA se o governo Biden decidir intervir na guerra ucraniana.

Al-Zoubi apontou que o Irã e suas milícias não podem se mover sem o consentimento prévio da Rússia. A coordenação russo-iraniana, acrescentou, ocorre 24 horas por dia na Síria.

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Segundo o analista, autoridades russas se reuniram com líderes iranianos na Síria desde o primeiro dia da invasão da Ucrânia e informaram que os sistemas de defesa aérea da Rússia fornecerão proteção a todas as suas milícias.

“A coordenação russo-iraniana tornou-se aparente na Síria”, explicou Al-Zoubi. “A Rússia levou em conta alguns países árabes para conseguir o que queria e os iludiu a acreditar que era contra as milícias iranianas e que estava trabalhando para expulsá-los. Hoje, porém, a Rússia não pode esconder do mundo sua criminalidade, sua brutalidade e seu apoio a sistemas terroristas.”

Vale ressaltar que o Irã vem trabalhando há anos para fortalecer suas forças no sul da Síria.

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