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Palestino é morto a tiros por soldado israelense à paisana

Soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, 13 de setembro de 2019 [JAAFAR ASHTIYEH/AFP/Getty Images]

Sanad Salem al-Harbed, palestino de 27 anos e pai de três filhos, nascido na aldeia de Rahat, no deserto do Naqab (Negev), foi baleado e morto por um soldado israelense à paisana, na manhã desta terça-feira (15), segundo informações da agência de notícias Wafa.

Sanad foi levado ao hospital, mas não resistiu.

O soldado alegou que sua unidade — em vestes civis, com intuito de prender dois suspeitos na região de Rahat — foi alvo de disparos. Os agentes israelenses então “neutralizaram o atirador que representava ameaça” e deixaram o local sem baixas, acrescentou o exército.

Ao expressar seu repúdio sobre as ações dos soldados, o prefeito de Rahat, Fayez Abu Sahiban, confirmou que Sanad não era um dos suspeitos procurados pela ocupação.

“Espero que isso não leve a protestos e confrontos”, declarou Abu Sahiban à rádio israelense Kan. “Os residentes me disseram que o jovem assassinado era somente um transeunte, sem qualquer conexão com os tiros disparados contra os soldados”.

No Facebook, Abdullatif al-Qanou, porta-voz do Hamas, comentou o incidente: “O sangue dos mártires continuará a alimentar a revolução de nosso povo contra o ocupante sionista”.

O Naqab abriga 300 mil beduínos que possuem cidadania israelense. A maioria vive em aldeias “não reconhecidas” pelo estado sionista. Como resultado, suas comunidades não têm acesso a serviços básicos, como água e eletricidade, e são alvos constantes de operações militares.

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