A presidência libanesa negou um pedido registrado pelo departamento legal da Organização Popular por Reforma do Regime para obter detalhes sobre negociações em curso com Israel, para tentar solucionar disputas marítimas de fronteira.
Em nota, declarou a presidência: “Dado que a prioridade é o interesse nacional acima de qualquer consideração … tendo em mente que a Diretoria Geral respeitará qualquer rota constitucional, portanto, é impossível responder a sua solicitação”.
O comunicado emitido nesta segunda-feira (21) confirmou, todavia, que as conversas indiretas com o “inimigo israelense” ocorreram em Naqoura, sul do Líbano, mediadas por um diplomata americano sob determinação da Organização das Nações Unidas.
Não obstante, o diálogo foi interrompido pela delegação israelense, que deixou de comparecer às reuniões. O processo é mantido pela presidência libanesa e pela parte mediadora.
O comunicado reiterou provisões do Artigo 5 da Lei de Direito à Informação: “A presidência abstém-se de revelar informações requeridas caso trate dos seguintes tópicos: segredos de defesa, segurança nacional, segurança pública e gestão de relações exteriores”.
A nota insistiu ainda que é proibido divulgar documentos em fase de preparação.
“As negociações indiretas em curso, mesmo sob orientação da ONU e mediação de Washington, são travadas contra o estado sionista, com intuito de preservar nossa segurança nacional, o que demanda que todo o trabalho relevante seja mantido em absoluto segredo, para que o inimigo não utilize tais informações em benefício sua posição perante o Líbano”, concluiu a nota.
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