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28 mil mulheres disputam 30 vagas de emprego para maquinista, na Arábia Saudita

As 30 mulheres selecionadas dirigirão trens-bala entre as cidades sagradas de Meca e Medina, após um ano de treinamento remunerado

Um anúncio para 30 vagas de emprego como maquinista atraiu 28 mil candidatas, na Arábia Saudita, em meio aos esforços do reino conservador para criar novas oportunidades para as mulheres. As informações são da agência de notícias Reuters.

A operadora espanhola Renfe confirmou nesta quarta-feira (16) que uma avaliação online de histórico acadêmico e conhecimento de inglês possibilitou reduzir pela metade o número de candidatas. Os cortes devem prosseguir até meados de março.

As 30 mulheres selecionadas dirigirão trens-bala entre as cidades sagradas de Meca e Medina, após um ano de treinamento remunerado

A Renfe emprega atualmente 80 homens como maquinistas na Arábia Saudita, além de 50 outros contratados sob treinamento.

Até então, as oportunidades de emprego para as mulheres sauditas se restringiam a papéis como professoras e enfermeiras, sob regras contundentes de segregação de gênero.

As mulheres não podiam dirigir carros na Arábia Saudita até 2018.

ASSISTA: Arábia Saudita renomeia ‘café árabe como ‘café saudita’

A participação feminina no mercado de trabalho quase dobrou nos últimos cinco anos, a um índice de 33% de mulheres empregadas, em meio aos esforços do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman para melhorar a imagem do reino e diversificar sua economia.

Entretanto, no primeiro trimestre de 2021, a proporção de mulheres trabalhando no país era ainda metade do que o índice masculino, em 34.1%. A taxa de desemprego entre mulheres é três vezes mais alta do que entre homens, em 21.9%.

A Arábia Saudita busca promover avanços de gênero em um momento no qual o Ocidente questiona seu histórico de direitos humanos, incluindo a repressão à dissidência, que encarcerou dezenas de mulheres, e o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.

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