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Prisão síria atacada pelo Daesh mantém menores em custódia, alerta Unicef

Membros das Forças Democráticas da Síria (FDS) na cidade de Hasakah, norte do país, em 26 de janeiro de 2022 [AFP via Getty Images]

O Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) advertiu neste domingo (6) que menores permanecem detidos na prisão de al-Sina’a, no nordeste da Síria, que sofreu recentemente um ataque do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh).

Grupos de direitos humanos, incluindo Save the Children e Human Rights Watch, observaram previamente que 700 meninos estavam em custódia na penitenciária, situada na província de Hasakah, até a invasão do Daesh em 20 de janeiro.

Muitos dos menores — entre 12 e 18 anos — têm parentes aprisionados na instalação, mas foram transferidos a campos de refugiados nos arredores, que abrigam milhares de filhos de combatentes do Daesh.

“A Unicef encontrou-se com menores ainda radicados no centro de detenção de Ghwayran”, afirmou a agência em nota. “Apesar do retorno de alguns serviços básicos, a situação dessas crianças é incrivelmente precária”.

Não há informações sobre o número de menores ainda encarcerados.

No entanto, Farhad Shami, porta-voz das Forças Democráticas da Síria (FDS), reconheceu à rede de notícias AFP que “centenas” de menores permanecem em Ghwayran; todavia, sem detalhes.

“Eles são mantidos em um lugar seguro”, insistiu Shami.

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A Unicef confirmou trabalhar para prestar socorro aos menores e prometeu assistência a um “novo reduto no nordeste da Síria que possa cuidar da maioria das crianças vulneráveis”.

No domingo, as forças da oposição síria reafirmaram em nota que a Unicef foi a primeira agência internacional a obter autorização para visitar a cadeia, desde o ataque do Daesh. Segundo o comunicado, foram fornecidas informações sobre os adolescentes presos.

Um vídeo da visita foi compartilhado nas redes sociais, mostrando dezenas de meninos, muitos com cobertas em meio ao inverno sírio, em uma cela de prisão.

Autoridades curdas da oposição ao regime de Bashar al-Assad costumam acusar a comunidade internacional de não conferir suporte para a reabilitação e repatriação desses menores.

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