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Porta-voz diz que agência da ONU para refugiados está chocada com mortes na fronteira greco-turca

Migrantes tentam se aquecer em um incêndio perto de Idomeni, na fronteira entre a Grécia e a Macedônia do Norte, em 18 de outubro de 2021 [Sakis Mitrolidis/AFP via Getty Images]

O porta-voz da agência da ONU para refugiados disse, na sexta-feira, que equipe está “chocada e profundamente angustiada” com relatos de que 19 imigrantes morreram na quarta-feira na fronteira greco-turca, informou a Agência Anadolu.

“Vimos relatos na mídia. E estamos chocados e profundamente angustiados com esses relatos”, disse o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Boris Cheshirkov, em entrevista coletiva.

Ele disse que há relatos de que pessoas morreram perto da fronteira entre Grécia e Turquia.

“Estamos trabalhando para verificar esses relatórios”, disse ele, em resposta a uma pergunta da Agência Anadolu.

Segundo Cheshirkov, a agência da ONU recebeu relatos de um aumento no número de violações de direitos humanos nas fronteiras terrestres e marítimas durante os últimos dois anos.

“Tais mortes trágicas são evitáveis, inclusive através do estabelecimento de caminhos regulares e seguros que possam impedir as pessoas de recorrer a contrabandistas”, disse o funcionário da ONU.

“O aumento das restrições nas fronteiras e os retrocessos na Europa contribuem para que refugiados e migrantes usem rotas mais arriscadas. Isso significa que as pessoas estão colocando a si mesmas, suas vidas e a de seus filhos em maior risco”, acrescentou.

LEIA: Doze migrantes morrem congelados perto da fronteira da Turquia com a Grécia

O ministro do Interior da Turquia, Suleyman Soylu, criticou fortemente a Grécia na quarta-feira pelo tratamento desumano e degradante de imigrantes irregulares e disse que aqueles que foram encontrados mortos foram despidos de suas roupas e sapatos pelos guardas de fronteira gregos.

Pelo menos 19 imigrantes irregulares foram encontrados congelados até a morte, disseram as autoridades turcas na quinta-feira, elevando o número de mortos para 12, um dia antes.

Refugiados na fronteira são empurrados de volta pela Grécia [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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