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Seul alega liberar recursos para quitar dívidas iranianas na ONU; Teerã deve reaver seu voto

Presidente do Irã Ebrahim Raisi discursa por videoconferência na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, 21 de setembro de 2021 [Eduardo Munoz/Getty Images]

Teerã deve retomar seu direito ao voto na Assembleia Geral das Nações Unidas após o governo sul-coreano pagar dívidas iranianas ao órgão internacional com recursos congelados no país, declarou Seul neste domingo (23), segundo informações da agência de notícias Reuters.

O Irã reconquistou seu poder de voto na Organização das Nações Unidas (ONU) em junho do último ano, após um pagamento similar. Contudo, em janeiro, voltou a perdê-lo por não conseguir efetuar a transferência de recursos devido às sanções dos Estados Unidos.

A liberação dos recursos congelados requer aval de Washington, que juntou-se a seus aliados europeus para conferir um ultimato de apenas algumas semanas para recuperar o acordo nuclear iraniano, assinado em 2015 e revogado pela Casa Branca três anos depois.

Com a restituição de duras sanções internacionais, o regime iraniano decidiu reduzir seu compromisso com o pacto e enriquecer urânio a níveis considerados militares.

“Na sexta-feira, Seul quitou dívidas iranianas equivalentes a US$18 milhões, via recursos congelados no país, em cooperação com as agências relevantes, como o Escritório de Recursos Estrangeiros do Departamento do Tesouro do Estados Unidos e o Secretariado das Nações Unidas”, declarou o Ministério das Finanças da Coreia do Sul em comunicado.

O gabinete sul-coreano na ONU não comentou o caso, até então.

LEIA: Negociações nucleares iranianas estão no caminho certo, diz funcionário da UE

Na última semana, Teerã solicitou a Seul ajuda urgente para pagar sua contribuição às Nações Unidas, a fim de não perder seu direito ao voto na Assembleia geral deste ano, composta por 193 estados-membros, acrescentou o ministério.

Teerã insiste na liberação de cerca de US$7 bilhões congelados em bancos sul-coreanos, devido às sanções dos Estados Unidos, ao acusar ambos os países de manter seus recursos de petróleo e outras importações como “reféns”.

Um oficial do ministério sul-coreano recusou-se a confirmar o valor remanescente dos recursos congelados, após o pagamento às Nações Unidas, sob pretexto de confidencialidade legal.

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