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Arábia Saudita impede entrada de 8 milhões de pílulas de Captagon

Pílulas de Captagon — cloridrato de fenetilina, também conhecido como a “droga dos jihadistas” — ao lado de uma apreensão de cocaína, na Divisão Antinarcóticos das Forças de Segurança Interna do Líbano, em Beirute, 11 de junho de 2010 [JOSEPH EID/AFP via Getty Images]

Autoridades sauditas impediram uma tentativa de contrabandear mais de 8 milhões de pílulas de Captagon escondidas em pacotes de cebola e barris de silicone para dentro do país.

A monarquia e seus vizinhos buscam conter o tráfico de drogas, que parece assolar a região.

A apreensão ocorreu no porto de Jeddah, na sexta-feira (14), quando autoridades aduaneiras descobriram 3.054.000 de pílulas em um lote de cebolas e 5.281.250 pílulas em barris de silicone. Três pessoas foram detidas pela Diretoria-Geral de Controle de Narcóticos.

O Captagon — nome comercial do cloridrato de fenetilina, também conhecido como a “droga dos jihadistas” — é uma anfetamina sintética distribuída e consumida ilegalmente por todo o Oriente Médio. Apreensões da droga tornaram-se mais frequentes nos últimos anos.

Em 2019, uma remessa de 33 milhões de pílulas foi apreendida pela Grécia; outras 44 milhões foram confiscadas pela Arábia Saudita em abril do ano seguinte. Em maio, a Itália interditou a maior carga até então: 84 milhões de pílulas da droga ilegal.

Durante anos, o principal suspeito era o grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh). Todavia, foi revelado que o regime sírio de Bashar al-Assad passou a produzir e traficar a droga para contornar sanções internacionais, impostas ao longo da guerra civil.

Em 2021, a Arábia Saudita anunciou ter confiscado 600 milhões de pílulas nos últimos anos. Sob este pretexto — porém, sob disputas diplomáticas —, o reino decidiu proibir a importação de frutas e vegetais do Líbano, supostamente utilizado como intermediário nas operações.

LEIA: Líbano prende dois suspeitos por transporte de drogas na Arábia Saudita

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