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Os laços França-Marrocos continuam prejudicados por alegações de uso do spyware de Israel

O site do spyware Pegasus de fabricação israelense em um escritório, em 21 de julho de 2021 [Mario Goldman/AFP via Getty Images]

As relações franco-marroquinas estão tensas há meses, devido às alegações de que Rabat usou o spyware Pegasus de Israel para coletar informações de telefones de autoridades francesas, incluindo o presidente, Emmanuel Macron.

Em julho passado, promotores franceses disseram que abriram uma investigação sobre as alegações de que os serviços de inteligência marroquinos usaram o malware Pegasus, de fabricação israelense, para espionar vários jornalistas franceses.

A investigação surgiu depois que uma colaboração inovadora de mais de 80 jornalistas de 17 organizações de mídia em dez países descobriu que até 50.000 números de telefone teriam sido selecionados por vários estados para vigilância usando a tecnologia de espionagem israelense.

Macron, o ex-primeiro-ministro francês Edouard Philippe e 14 ministros franceses foram alvos de vigilância potencial em nome do Marrocos no caso do spyware Pegasus, revelou a investigação.

Um veterano diplomata francês aposentado disse que as visitas entre ministros franceses e marroquinos pararam, porque Paris ainda não decidiu se Rabat espionava Macron ou não.

Na esteira das acusações francesas, o Marrocos entrou com ações por difamação contra a Anistia Internacional e a mídia francesa sem fins lucrativos Forbidden Stories, que alegou que os serviços de inteligência de Rabat usaram o spyware do telefone móvel Pegasus contra dezenas de jornalistas e funcionários franceses, incluindo Macron.

LEIA: Telefone de ativista indiano preso foi hackeado por spyware israelense

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