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Sindicato Geral da Tunísia lança movimento de protesto e promete escalada

Protesto convocado pelo Sindicato Geral da Tunísia, para reivindicar reformas para a região de Kairouan, em Túnis, 3 de dezembro de 2020 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]
Protesto convocado pelo Sindicato Geral da Tunísia, para reivindicar reformas para a região de Kairouan, em Túnis, 3 de dezembro de 2020 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

Nesta terça-feira (28), o Sindicato Geral da Tunísia (UGTT) lançou um movimento de protesto em resposta ao que descreveu como “procrastinação do governo para implementar diversos acordos”, de modo a prejudicar a subsistência de professores e outras categorias.

Durante ato realizado em frente ao Ministério da Educação, Lassad Yakoubi, diretor de ensino secundário da entidade trabalhista, observou: “O governo falhou com os professores e recusou-se a pagar o valor previamente acordado para garantir o retorno às aulas”.

“O sindicato estava otimista sobre os procedimentos adotados em 25 de julho (suspensão do parlamento, revogação da imunidade de ministros e demissão do premiê), mas os criminosos não foram responsabilizados até então”, acrescentou Yakoubi.

“Acreditávamos que haveria diálogo real, mudança concreta e compromisso com os acordos, mas houve apenas fracasso em responsabilizar os responsáveis pelo colapso”, reiterou.

Tensões entre o governo e a entidade se exacerbaram recentemente, após a primeira-ministra Najla Bouden, nomeada pelo presidente Kais Saied, emitir um memorando segundo o qual qualquer consulta sindical deve ser coordenada primeiro com seu governo.

Sami Tahiri, vice-presidente e porta-voz do UGTT, prometeu “lançar uma série de greves e processar o governo em âmbito internacional, caso se recuse a revogar a circular”.

Em nota divulgada no website Al-Shaab News, filiado ao sindicato, declarou Tahiri: “Pedimos ao governo para voltar atrás; caso se recuse, há duas saídas. Primeiro, a greve como regra e a reconciliação como exceção; portanto, caos. Segundo, disputas jurídicas em âmbito do trabalho e emprego, sobretudo na Organização Internacional do Trabalho (OIT)”.

LEIA: Roma colabora com o FMI para ajudar a Tunísia, afirma chanceler italiano

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