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Roma colabora com o FMI para ajudar a Tunísia, afirma chanceler italiano

Ministro de Relações Exteriores da Itália Luigi Di Maio durante coletiva de imprensa em Roma, 3 de junho de 2020 [Barış Seçkin/Agência Anadolu]
Ministro de Relações Exteriores da Itália Luigi Di Maio durante coletiva de imprensa em Roma, 3 de junho de 2020 [Barış Seçkin/Agência Anadolu]

O Ministro de Relações Exteriores da Itália Luigi Di Maio afirmou nesta terça-feira (28) que seu país “agiu junto de parceiros e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para reafirmar a necessidade de apoiar a situação econômica na Tunísia, agravada pelo coronavírus”.

Seus comentários foram divulgados por um comunicado da presidência tunisiana, após uma reunião entre o chefe de estado, Kais Saied, e o ministro italiano, que viajou ao país norte-africano para reunir-se também com seu homólogo, Othman Jerandi.

Saied reiterou que a Tunísia recorre, em primeiro lugar, a suas capacidades nacionais para superar a crise; no entanto, acolhe também a compreensão e o apoio de parceiros tradicionais, estados amistosos e doadores internacionais, incluindo a Itália.

A Tunísia enfrenta sua pior crise financeira desde a independência, em 1956, agravada por disputas políticas que culminaram nas “medidas extraordinárias” adotadas pelo presidente conservador, incluindo a suspensão do parlamento em 25 de julho.

O governo tunisiano busca empréstimos em moeda estrangeira após o fracasso das negociações com o FMI sobre reformas econômicas e um sucessivo rebaixamento de crédito.

Di Maio corroborou ainda a “compreensão” de seu país sobre a posição de Túnis em torno do acordo sobre a “pauta de lixo”. Em julho de 2020, autoridades aduaneiras no porto de Sousse confiscaram 282 contêineres com suposto lixo tóxico, transportados da Itália.

O chanceler destacou também que ambos os governos concordam com a necessidade de abordar as raízes da crise migratória e combater as redes de tráfico humano.

De sua parte, Saied argumentou que “as políticas tradicionais para gerir as migrações irregulares provaram seus limites” e defendeu a “urgência de formular novas percepções em comum para encorajar a migração regular, conforme mecanismos que assegurem direitos”.

Entre janeiro e setembro deste ano, 11 mil migrantes irregulares oriundos da Tunísia aportaram em solo italiano, segundo o Fórum Tunisiano de Direitos Sociais e Econômicos. No mesmo período do último, foram 7.961 imigrantes tunisianos.

LEIA: As relações entre a resistência palestina e o Irã

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