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Israel planeja dobrar número de colonos nas terras ocupadas de Golã

Portão de acesso de um novo assentamento israelense batizado em homenagem ao então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em Golã, 3 de julho de 2020 [Amir Levy/Getty Images]

Neste domingo (26), o governo israelense aprovou por unanimidade um esquema de um bilhão de shekels — equivalente a US$317 milhões — para aumentar o número de colonos judeus nas colinas ocupadas de Golã, segundo informações da imprensa local.

O premiê Naftali Bennett afirmou que seu governo pretende dobrar o número de colonos radicados na “área estratégica”, nos próximos anos, reportou o jornal Times of Israel.

“Essa é a nossa hora; a hora das colinas de Golã”, reiterou Bennett, notório por suas posições coloniais de extrema-direita. “Após longos anos de paralisia … nosso objetivo hoje é dobrar a presença dos assentamentos nas colinas de Golã”.

LEIA: Israel aprova assentamentos de ‘Ramat Trump’ nas colinas ocupadas de Golã

Em sua página do Twitter, acrescentou: “Estamos fazendo história em Golã”.

Segundo o Jerusalem Post, insistiu o primeiro-ministro: “Uma combinação de circunstâncias nos levou hoje a uma decisão dramática do governo para canalizar recursos consideráveis, na escala do bilhão, para fortalecer as comunidades nas colinas de Golã”.

Seus comentários foram feitos durante reunião de gabinete, realizada no território ocupado.

O objetivo do plano recém aprovado é aumentar a população das comunidades instaladas em Golã a cerca de cem mil colonos, entre 2022 e 2025.

Acordo do século, transferência da embaixada e as colinas de Golã — Israel mal acredita em sua sorte [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Durante sua reunião de gabinete, Bennett anunciou dois novos assentamentos e duas novas comunidades coloniais — Asif e Matar —, cada qual com duas mil unidades residenciais.

Declarou o premiê: “Toda pessoa consciente no mundo compreende que é preferível termos tranquilidade, prosperidade e verde nas colinas de Israel [Golã], ao contrário da alternativa”.

“Não importa quantas reuniões são realizadas em Golã, trata-se de um território ocupado da Síria”, contestou Ahmad Tibi, parlamentar árabe em Israel. “Todas as partes são responsáveis pelas decisões deste gabinete, assim como o agravamento da violência colonial”.

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