Conversas com Riad dependem da ‘seriedade’ saudita, afirma Irã

O seguimento das conversas entre Irã e Arábia Saudita depende da “seriedade” da monarquia, afirmou o Ministério de Relações Exteriores radicado em Teerã.

Neste ano, foi iniciado um diálogo direto entre as partes para tentar reconciliá-las, após décadas de rivalidade regional. Em agosto, o Iraque anunciou ter sediado uma série de negociações secretas. A Jordânia também confirmou ter recebido algumas das conversas.

Os Estados Unidos manifestaram apoio à iniciativa.

Muitos consideram o processo como um passo adiante para a possível solução de tensões regionais causadas pelo objetivo compartilhado entre Riad e Teerã de expandir sua influência no Oriente Médio, sobretudo por grupos ou regimes por procuração.

Ambos os países cortaram laços oficialmente em meados de 2016.

Embora as disputas regionais sejam relativamente sutis no Líbano, na Síria e no Iraque, de fato resultaram em um conflito armado no Iêmen, onde uma coalizão liderada pela monarquia enfrenta o movimento houthi, apoiado pelo Irã, desde 2015.

Em outubro, relatos sugeriram a reabertura dos consulados do Irã e Arábia Saudita nos respectivos países. Ao longo dos meses, no entanto, as conversas se estagnaram.

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Em novembro, Teerã admitiu que não houve qualquer progresso. Há uma semana, o enviado saudita às Nações Unidas alegou que a república islâmica está “comprando tempo”.

Nesta segunda-feira (20), Saeed Khatibzadeh, porta-voz da chancelaria em Teerã, reivindicou “soluções políticas e diplomáticas e não interferência externa, pois acreditamos que arranjos regionais abrangentes serão conquistados via respeito mútuo e compreensão dos fatos”.

“Esse é o único caminho adiante para nossa região”, reafirmou Khatibzadeh.

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