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Uma mulher é morta por familiares a cada 11 minutos no mundo, alerta ONU

Mulheres protestam contra a violência doméstica em frente ao Tribunal Distrital de Tel Aviv, na véspera do Dia Internacional da Mulher, em 7 de março de 2021 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]

Uma mulher ou menina é morta por membros de sua família a cada 11 minutos no mundo, advertiu nesta quinta-feira (25) Ghada Waly, diretora executiva do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), segundo informações da agência Anadolu.

“Em 2020, um total de 47 mil mulheres e meninas em todo mundo morreram nas mãos de seus parceiros íntimos ou outros familiares”, afirmou Waly em comunicado emitido no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

“Apesar de contabilizar um quinto do total de assassinatos, 58% das vítimas de homicídio cometido por parceiros ou familiares são mulheres e meninas”, acrescentou.

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Segundo Waly, os números sobre a violência de gênero continuam limitados em muitos países, mas evidências disponíveis demonstram que a situação não melhorou na última década.

“A pandemia de covid-19 causou um retrocesso ainda maior nos direitos das mulheres e deixou mulheres vulneráveis à violência de gênero com menos recursos para obter assistência ou serviços, além das restrições persistentes para conquistar justiça”, observou.

Waly exortou todos os estados-membros a investir em medidas para prevenir a violência de gênero, conforme parâmetros do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre Serviços Essenciais, além de outras iniciativas internacionais.

Waly reivindicou ainda investimentos em igualdade de gênero e emancipação das mulheres, além de metas de desenvolvimento sustentável e combate à discriminação.

Segundo seu apelo, é preciso conduzir ações urgentes para prevenir a violência de gênero e proteger a vida e o bem-estar de mulheres e meninas em todo o mundo.

Estratégias de longo prazo para combater normas sociais deletérias, que normalizam a violência de gênero, devem ser combinadas com ações concretas e imediatas para proteger meninas e mulheres em situação de risco, sobretudo em âmbito doméstico, concluiu Waly.

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