Quarteto expressa ‘apreensão’ sobre assentamentos e violência colonial

O chamado Quarteto do Oriente Médio expressou “apreensão” sobre a expansão dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos, além da violência conduzida por colonos ilegais na Cisjordânia ocupada, segundo informações da agência Anadolu.

Representantes do grupo — que abrange Organização das Nações Unidas (ONU), Estados Unidos, União Europeia e Rússia — emitiram um comunicado conjunto nesta quinta-feira (18), após um encontro realizado em Oslo, capital da Noruega, nesta semana.

“Os enviados estão profundamente preocupados com os acontecimentos na Cisjordânia, Jerusalém e Faixa de Gaza, incluindo atos contínuos de violência na Cisjordânia, avanço de obras coloniais, crise fiscal na Autoridade Palestina e ameaças em Gaza”, afirmou a nota.

A nota reiterou a “urgência de todas as partes envolvidas de assumir passos adicionais para abordar diretamente tais desafios, por meio de reformas fiscais e outras, além de evitar medidas unilaterais que agravam tensões e prejudicam os prospectos de paz”.

LEIA: Política de habitação do apartheid de Israel enfrenta desafio legal

Ao defender “esforços construtivos para avançar na solução de dois estados”, os países em questão prometeram manter diálogo com ambas as partes e agentes regionais.

“Os enviados observaram também a urgência de abordar a frágil situação em Gaza — com apoio de todos as partes interessadas —, ao assegurar que sejam mantidos esforços humanitários para atenuar restrições de acesso e fluxo de bens e pessoas”.

Os diplomatas acolheram ainda a promessa israelense de ajudar a Autoridade Palestina (AP) a superar sua crise financeira. Em junho, Ramallah advertiu sobre a falta de recursos para remunerar devidamente cerca de 133 mil funcionários públicos.

Tel Aviv insiste que o colapso financeiro decorre da decisão palestina de revogar acordos de repasse tributário firmados com a ocupação, após o então premiê Benjamin Netanyahu propagandear a anexação ilegal de partes da Cisjordânia.

Sair da versão mobile