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Biden conduz primeira grande venda de armas a Riad; parlamentar dos EUA tenta obstruir

Congressista dos EUA Ilhan Omar em Minnesota, 7 de julho de 2020 [Brandon Bell/Getty Images]
Congressista dos EUA Ilhan Omar em Minnesota, 7 de julho de 2020 [Brandon Bell/Getty Images]

Nesta sexta-feira (12), Ilhan Omar, congressista democrata dos Estados Unidos, introduziu uma legislação para tentar bloquear uma venda estimada em US$650 milhões de mísseis ar-ar à Arábia Saudita — a primeira grande venda de armas à monarquia sob o mandato de Joe Biden.

As informações são da agência Reuters.

Omar justificou a medida, conhecida como resolução conjunta de reprovação, ao indicar abusos de direitos humanos e a intervenção saudita na guerra do Iêmen, cujas repercussões são consideradas um dos piores desastres humanitários do mundo.

Em 4 de novembro, o governo Biden confirmou sua anuência à venda de 280 mísseis ar-ar estimados em US$650 milhões, fabricados pela corporação Raytheon.

“Jamais devemos vender armas a quem viola direitos humanos e certamente não deveríamos fazê-lo em meio a uma crise humanitária pela qual são responsáveis”, argumentou Omar. “O Congresso tem autoridade para interromper a venda e devemos exercer esse poder”.

As chances de impedir a venda de armas são poucas, pois a resolução tem de ser aprovada no Senado e sobreviver a um provável veto da Casa Branca.

No entanto, a iniciativa de Omar destaca a gradativa desconfiança do público sobre o comércio militar com Riad, apesar de Biden insistir na promessa de restringí-lo a equipamentos “defensivos”.

A Arábia Saudita é um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Contudo, nos últimos anos, parlamentares buscaram condicionar a venda de armas a garantias de não utilizadas contra civis.

LEIA: Parlamentares dos EUA propõem repúdio à criminalização de ongs por Israel

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