Parlamentar libanês é acusado de manter itens roubados de Palmira em seu gabinete

4 anos ago

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Artefatos roubados das ruínas de Palmira, na região central da Síria, foram supostamente avistados no gabinete do parlamentar libanês Nohad Machnouk, durante entrevista concedida à emissora de televisão local Al-Jadeed.

O caso retomou o debate sobre o contrabando de antiguidades na região.

Os objetos, vistos no plano de fundo de sua entrevista por videoconferência, consistem em cabeças de estátuas que remetem ao sítio arqueológico.

https://twitter.com/NohadMachnouk/status/1447570614278107139?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1447570614278107139%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20211025-lebanon-mp-accused-of-keeping-stolen-palmyra-artefacts-in-office%2F

Saad Fansa, diretor da Associação el-Adiyat para Proteção das Antiguidades em Damasco, afirmou ao site de notícias Enab Baladi que as estátuas em questão foram saqueadas do museu sírio radicado em Palmira, entre 2014 e 2015.

Ao longo da guerra civil, Palmira e outros locais históricos foram tomados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh); mais tarde, foram recapturados pelo regime de Bashar al-Assad.

As ruínas romanas foram então sujeitas a saques por quase uma década, alimentando uma rede internacional de contrabando de antiguidades. O vizinho Líbano tornou-se um mercado majoritário, pela facilidade de transportar artefatos através da fronteira.

No decorrer dos anos, esforços internacionais tentaram localizar e recuperar os artefatos.

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Segundo o jornalista Omar al-Buniya, a Interpol solicitou à Diretoria-Geral de Antiguidades e Museus da Síria detalhes sobre os itens extraviados. Porém, devido à falta de arquivos adequados, a agência repassou o problema a “missões estrangeiras” na Síria.

Segundo Ayman al-Nabo, diretor do Museu de Idlib — bastião oposicionista no noroeste do país —, Damasco deliberadamente não mantém documentos sobre as antiguidades.

Al-Nabo acusa oficiais do regime de participar ativamente no comércio ilegal de objetos históricos, de modo que a falta de registro favorece o contrabando.

Apesar da semelhança com os artefatos roubados, Machnouk insistiu ao website Megaphone que os objetos estão em seu escritório há mais de dez anos, conforme documentos e regulações promulgadas pelo Ministério da Cultura.

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