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Normalizar laços com Israel é um ‘crime’, diz partido marroquino

Ministro de Relações Exteriores de Israel Yair Lapid realiza entrevista coletiva em Casablanca, Marrocos, 12 de agosto de 2021 [Jalal Morchidi/Agência Anadolu]

O partido Justiça e Caridade do Marrocos criticou duramente a normalização de laços entre a monarquia norte-africana e a ocupação israelense, ao reiterar que isso nunca trará estabilidade ou benefícios econômicos ao país, reportou a rede Arab21.

“A normalização é um crime e uma traição à causa palestina e sua população ocupada, da qual grande parte foi morta ou expulsa de suas terras, ou testemunharam suas casas e lugares santos serem destruídos”, declarou Fathallah Arsalan, porta-voz do partido.

“As tentativas de encobrir os crimes da entidade sionista, incluindo crimes contra nossa religião e toda a humanidade, por meio de acordos aqui ou ali falharão inevitavelmente”, acrescentou. “O direito é genuíno, irrestrito e não vai morrer!”

“A normalização é um crime contra o Marrocos, pois nossos governantes abrem as portas para que se infiltrem elementos culturais, políticos, educacionais e de segurança”, insistiu Arsalan.

Enfatizou:

O crime é duplamente mais grave ao ultrapassar relações comerciais e econômicas … e chegar a identidade e valores, visando jovens estudantes, ao escalar acordos entre universidades e intercâmbios culturais.

Segundo Arsalan, os prejuízos da normalização com a entidade sionista “ultrapassaram as palavras aos fatos tangíveis em campo”, em referência à crise com a Argélia e a saturação do mercado marroquino com tâmaras.

Em 2020, o Marrocos anunciou normalizar laços com Israel, em troca do reconhecimento dos Estados Unidos de sua soberania sobre o território disputado do Saara Ocidental.

LEIA: Normalização faz árabes abraçarem Israel, afirma presidente israelense

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