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Estudiosos palestinos denunciam Israel por invadir casa de sacerdote de Al-Aqsa

Sheikh Ekrima Sabri (centro), mufti palestino de Jerusalém, chega a uma delegacia israelense para interrogatório, em 17 de junho de 2003 [ATTA OWEISAT/AFP via Getty Images]

A Associação de Estudiosos da Palestina condenou ontem (10) a Polícia de Israel por invadir novamente a casa do sheikh Ekrima Sabri, proeminente sacerdote da Mesquita de Al-Aqsa, na região ocupada de Jerusalém Oriental, a fim de convocá-lo para interrogatórios.

“Condenamos a intrusão bárbara e violenta à sua residência, no bairro de al-Sawwana, em Jerusalém ocupada, para lhe entregar um mandado judicial para que compareça ao Centro de Detenção de al-Maskobiya”, declarou a entidade em nota.

O comunicado destacou ainda que a convocatória não afeta a determinação de Sabri e seus colegas muçulmanos em defender o complexo de Al-Aqsa.

Sabri afirmou à imprensa palestina, a caminho da delegacia, supor que o súbito chamado da ocupação tenha como pauta a decisão do judiciário israelense de permitir que colonos judeus realizem rituais e orações dentro do complexo islâmico.

“Para nós, isso é inaceitável”, enfatizou o clérigo palestino. “Dissemos isso uma e outra vez porque Al-Aqsa serve aos muçulmanos”.

Na última quarta-feira (6), a Corte de Magistrados de Israel concedeu permissão a colonos judeus para conduzir “orações silenciosas” nos pátios de Al-Aqsa. Na sexta-feira (8), a emissora estatal israelense Kan reportou que a Corte Distrital de Jerusalém revogou a decisão.

Khaled Zabarka, advogado palestino especializado nos assuntos de Jerusalém, observou, no entanto, tratar-se de uma tentativa da mídia colonial para ludibriar o público.

LEIA: Colonos atacam Al-Aqsa para provar que Israel não foi derrotado em Gaza, diz Sabri

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