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2.600 residentes médicos em Israel se demitem por excesso de trabalho

Ministro da Saúde de Israel Nitzan Horowitz em Tel Aviv, 25 de julho de 2019 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]
Ministro da Saúde de Israel Nitzan Horowitz em Tel Aviv, 25 de julho de 2019 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]

Um total de 2.590 residentes médicos de Israel se demitiu nesta quinta-feira (7), em protesto a plantões de até 26 horas nos quais são forçados a trabalhar.

Os médicos em treinamento encaminharam uma carta ao Gabinete de Saúde do Distrito de Tel Aviv, assinada pelo Dr. Ray Bitton, chefe da organização Mirsham de médicos residentes.

A renúncia coletiva ocorreu somente um dia após os residentes rejeitarem uma proposta do governo para reduzir gradualmente seus turnos a 18 horas, dentro de cinco anos. A medida, não obstante, entraria em vigor em apenas dez hospitais de áreas indicadas.

Segundo o Sindicato dos Médicos Residentes, o Ministro da Saúde Nitzan Horowitz teme o esvaziamento dos turnos nas alas de cirurgia, mas ignora os riscos impostos por residentes que executam operações por mais de 25 horas consecutivas.

Os residentes insistem que estão “abandonados” e reiteram sua prioridade para com os pacientes — porém, “exaustos, sem foco ou empatia, devido a condições desumanas”.

Fontes observam, no entanto, que o Ministério da Saúde cogita recorrer à Justiça do Trabalho para emitir mandados preventivos contra os médicos, caso implementada sua demissão.

Os residentes trabalham agora sob aviso prévio de duas semanas.

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