Portuguese / English

Middle East Near You

Após publicação pró-Talibã, ex-presidente afegão alega ter sido hackeado

Presidente Ashraf Ghani no palácio presidencial afegão em Cabul, em 4 de agosto de 2021. [SAJJAD HUSSAIN/AFP via Getty Images]

Após uma mensagem de apoio ao Talibã ser publicada na página verificada do ex-presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani declarou nesta segunda-feira que sua conta no Facebook fora invadida, segundo a Agência Anadolu.

“Urgente. A página oficial do Dr. Mohammad Ashraf Ghani no Facebook foi invadida. Até que seja recuperada, o conteúdo postado na página do Facebook desde ontem não é mais válido”, diz uma postagem na página do Twitter de Ghani.

Um dia antes, uma breve postagem em sua página do Facebook exortava a comunidade internacional a reconhecer e apoiar o governo Talibã no Afeganistão.

“É doloroso constatar que nós e nosso antigo Gabinete não temos uma porcentagem de controle sobre o Afeganistão, mas ainda assim, alguns países estão encorajando antigos embaixadores e representantes no mundo a criar uma nova crise no país”, dizia o post na página de Ghani no Facebook.

LEIA: Afeganistão não discursará na Assembléia Geral da ONU

Ele acusou o enviado da ONU ao Afeganistão, Ghulam Isaczai, e outros diplomatas de escolher ganhos pessoais em vez de interesses nacionais.

“A comunidade internacional deve entender que para que o Afeganistão tenha prosperidade e paz, então (deve) estender para ele uma mão de amizade”, acrescentou.

O ex-presidente fugiu de Cabul em 15 de agosto depois que o Talibã tomou a capital e desde então se refugia nos Emirados Árabes Unidos.

No início deste mês, Ghani rejeitou as alegações de que ele escapou com milhões de dólares e lamentou ter deixado o país “sem garantir estabilidade e prosperidade”.

“Peço desculpas ao povo afegão que não pude fazer com que terminasse de forma diferente”, disse ele, enfatizando que foi aconselhado a deixar Cabul, pois “nunca foi minha intenção abandonar o povo”.

Categorias
AfeganistãoÁsia & AméricasNotícia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments