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Ghannouchi, da Tunísia, pede uma luta pacífica contra a “autocracia absoluta”

O presidente do parlamento tunisino e líder do partido Ennahdha, Rached Ghannouchi, fala durante uma entrevista com a AFP, em seu escritório na capital Túnis, no dia 23 de setembro de 2021. [FETHI BELAID/AFP via Getty Images]

O presidente do Parlamento Tunisiano e líder do movimento Ennahda, Rached Ghannouchi, convocou ontem o povo tunisiano a se engajar em uma “luta pacífica” contra a “autocracia”, noticiou a mídia local.

O apelo de Ghannouchi veio um dia depois que o presidente Kais Saied declarou que governará por decreto e ignorará partes da constituição enquanto se prepara para mudar o sistema político.

“Isto é uma inversão e um retorno à constituição de 1959 e ao governo individual absoluto”, disse Ghannouchi referindo-se às recentes decisões de Saied, acrescentando “não há lugar hoje a não ser para lutar”.

“Somos um movimento civil e nossa luta é pacífica”, disse Ghannouchi, descrevendo o anúncio do presidente como um “golpe de Estado completo contra a democracia, a revolução e a vontade do povo, e a abolição das mais importantes instituições democráticas” no país.

“Apelamos para que nosso povo se engaje em todas as ações pacíficas que resistem à ditadura e trazem a Tunísia de volta ao caminho da democracia”, acrescentou ele.

Saiu do poder quase total desde 25 de julho, quando demitiu o primeiro-ministro, suspendeu o parlamento e assumiu a autoridade executiva citando uma emergência nacional.

LEIA: Tunísia tem protestos pelo fim do golpe presidencial

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