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Ataques a padarias na Síria matam mais de 800 pessoas desde 2011, afirma relatório

Residentes compram pão na cidade de Binnish, em Idlib, noroeste da Síria, 9 de junho de 2020 [OMAR HAJ KADOUR/AFP via Getty Images]

Um novo relatório da Rede Síria para Direitos Humanos revelou que ao menos 801 pessoas foram mortas por ataques contra 174 padarias no país, desde o início da guerra civil, em março de 2011. As informações são da agência Anadolu.

A organização radicada na diáspora, em Paris, estimou que aproximadamente 85% dos incidentes — isto é, 149 ataques — foram cometidos pela coalizão militar composta por forças russas e tropas do regime de Bashar al-Assad.

Deste total, o regime sírio é responsável direto por 99 atentados.

Segundo o documento de 21 páginas, os ataques restantes foram conduzidos por diversos agentes, incluindo: tropas da coalizão dos Estados Unidos, combatentes do Estado Islâmico (Daesh), forças da oposição, entre outros.

Das mais de 800 vítimas, soldados de Assad estão por trás de 685 mortes. Outras 47 pessoas foram mortas pela intervenção russa.

Além disso, 109 crianças e 70 mulheres estão entre as fatalidades.

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O relatório observou que os ataques a padarias levam a dificuldades práticas, incluindo longas filas nas padarias remanescentes. Enquanto isso, Damasco e Moscou transferem a culpa pela crise socioeconômica no país às potências ocidentais.

Segundo as informações, o ano de 2019 registrou recordes de atentados contra padarias sírias — equivalente a 28% do total. Idlib e Aleppo são as províncias mais atingidas, com 46% e 26% dos incidentes, respectivamente.

A Síria é assolada por guerra civil desde 2011, quando o regime de Assad reprimiu violentamente protestos por democracia.

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