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Médicos libaneses deixam de trabalhar por falta de combustível

Profissionais de saúde em frente ao Centro Médico da Universidade Americana de Beirute, em 17 de março de 2021 [ANWAR AMRO/AFP via Getty Images]

Profissionais de saúde no distrito de Hermel, no nordeste do Líbano, realizaram greve neste domingo (12), em protesto à falta de combustível e às dificuldades para sequer chegar ao local de trabalho, reportou a agência de notícias oficial do país.

Em nota, os médicos afirmaram que a decisão foi tomada devido à impossibilidade de abastecer seus carros, após esforços contundentes e apelos a oficiais locais.

O comunicado advertiu que outros médicos nas regiões vizinhas podem juntar-se ao protesto nas próximas horas, sob risco de uma “catástrofe sanitária a pacientes de emergência, trauma, ataques cardíacos e cirurgias não-eletivas”.

Os profissionais de saúde voltaram a exigir das autoridades locais que ajudem a assegurar o fornecimento de gasolina — “a fim de preservar seu papel humanitário”.

LEIA: Porto de Beirute entra em greve; sindicato alerta para falta de alimentos

A população de Hermel é estimada em 30 mil pessoas.

O colapso econômico do Líbano levou três quartos da população à pobreza e representa a maior ameaça à estabilidade nacional desde a guerra civil, entre 1975 e 1990.

Em agosto, atingiu um novo ápice, quando a escassez de insumos combustíveis paralisou o país, desencadeando uma série de incidentes de segurança e receios de escalada e deterioração das condições, a menos que ações decisivas sejam tomadas.

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