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Sete de Setembro: Bolsonaro fala contra STF e Pacheco faz defesa da democracia

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco [Marcos Oliveira/Agência Senado]
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco [Marcos Oliveira/Agência Senado]

Em dia de atos em apoio ao governo de Jair Bolsonaro, convocado nos últimos meses pelo próprio presidente, e a tradicional manifestação do Grito dos Excluídos, contra o governo,  tanto  presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quanto  o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do STF, Luiz Fux, não participaram da cerimônia de hasteamento da bandeira pela manhã, no Palácio da Alvorada.

Afastando-se de atos considerados antidemocráticos, os representantes dos poderes Executivo e Legislativo evitaram o risco de se associar às falas do presidente que, hoje, discursou em um carro de som ao lado do vice-presidente Hamilton Mourão e ministros, tem tom de advertência ao Supremo Tribunal Federal (STF): “esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”. Sem citar nomes, ele exige que o presidente do Supremo puna o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o processo contra as fakenews e o financiamento dos atos antidemocráticos no Brasil.

Rodrigo Pacheco manifestou-se em rede social na manhã desta terça-feira, 7 de Setembro, para fazer a defesa das instituições democráticas.

Pacheco lembrou  o Dia da Independência, como expressão forte da liberdade nacional, e apelou para que “não deixemos de compreender a nossa mais evidente dependência de algo que deve unir o Brasil: a absoluta defesa do Estado Democrático de Direito”..

Em também se manifestou em artigo publicado hoje no Estadão, “Quando a Carta Magna fala que o poder emana do povo, refere-se à coletividade como sua verdadeira detentora, ao passo que o exercício desse poder ocorre por meio dos legítimos representantes eleitos de tempos em tempos”, escreve o senador.

Pacheco observa que o Estado de Direito submete  todos ao “império do Direito” e alerta para que “se perca de vista a exata compreensão desses termos ao invocá-los, especialmente quando a ambiguidade da sua utilização possa vir a capturar a boa intenção de alguém, a ponto de misturar valores cívicos com flertes de autoritarismo. Liberdade e democracia são valores que não pertencem à direita ou à esquerda, nem são propriedade de um ou de outro grupo de cidadãos. Definitivamente, não se pode invocar o valor supremo da liberdade para corroer a democracia.“

Atos a favor de Bolsonaro ocorreram em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Brasilia pela manhã e em São Paulo à tarde.  Contra o governo e em defesa da vacinação, democracia  e direitos sociais, foram organizadas atividades do Grito dos Excluídos em vários pontos de São Paulo, começando com o Café da Manhã com pessoas que vivem nas ruas da cidade e um ato conjunto à tarde no Anhangabaú.

LEIA: Relembrando o Sete de Setembro e as lutas pela Independência do Brasil

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