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Ennahda desmente mediação argelina na Tunísia

Rached Ghannouchi, presidente do parlamento tunisiano e líder do movimento Ennahda, em Túnis, 12 de janeiro de 2021 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]
Rached Ghannouchi, presidente do parlamento tunisiano e líder do movimento Ennahda, em Túnis, 12 de janeiro de 2021 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

Nesta terça-feira (10), o movimento tunisiano Ennahda negou rumores de que a Argélia esteja mediando o diálogo entre seu líder partidário e chefe do parlamento Rached Ghannouchi e o presidente da república Kais Saied.

No início da semana, o presidente argelino Abdelmadjid Tebboune alegou à imprensa que a Tunísia resolverá sua crise em breve, ao enfatizar que a “Argélia não aceitará pressão de agentes estrangeiros sobre as autoridades tunisianas”.

Riad al-Shuaybi, assessor de Ghannouchi, redarguiu que o Ennahda não recebeu qualquer oferta interna ou externa de mediação sobre a crise.

LEIA: Ennahda dá boas-vindas ao diálogo com o presidente da Tunísia

“Não houve contato entre o presidente da república e o presidente do parlamento desde a decisão [do chefe de estado] de congelar o legislativo e colocá-lo sob guarda do exército, impedindo seus membros de entrar no congresso”, afirmou al-Shuaybi.

“O movimento Ennahda assumiu medidas para manter a paz civil e abrir oportunidades de uma solução que preserve o caminho democrático e retome as atividades do parlamento”, prosseguiu. “Porém, até então, não temos sinais positivos nesta direção”.

Desde 25 de julho, a Tunísia vivencia uma grave crise política, após Saied destituir o premiê Hichem Mechichi, suspender os trabalhos do parlamento, revogar a imunidade de ministros e congressistas e outorgar a si própria máxima autoridade executiva.

Os avanços de Saied foram descritos como golpe de estado.

A Tunísia mergulha em uma perigosa armadilha? [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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