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Ex-presidente da Tunísia diz que erros de Kais Saied podem ser considerados alta traição

O ex-presidente da Tunísia Moncef Marzouki na Tunísia, em 7 de setembro de 2019 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

O ex-presidente da Tunísia, Dr. Moncef Marzouki, destacou que o pior erro cometido pelo atual presidente, Kais Saied, é que ele causou divisão entre o povo e abriu a porta para a ingerência estrangeira nos assuntos internos do país, o que prejudica a soberania do Estado.

Marzouki disse à TV Al-Hiwar na segunda-feira que espera que as notícias de que o primeiro-ministro Hicham Mechichi foi atacado no palácio presidencial na presença de oficiais estrangeiros sejam incorretas, porque, se os rumores se revelarem verdade, seria alta traição.

Ele pediu a Mechichi que fizesse uma aparição pública e se dirigisse às pessoas em um vídeo para esclarecer a situação.

O político tunisiano Jilani Hammami, porta-voz do Partido dos Trabalhadores da Tunísia, disse que a mídia divulgou detalhes das consultas em andamento entre a França e os Estados Unidos sobre um “roteiro” para a crise política que o país atravessa. Eles incluem não envolver o exército e as forças de segurança em assuntos políticos, garantindo que Kais Saied permaneça em sua posição como chefe de Estado até o final de seu mandato.

Um primeiro-ministro seria nomeado e um governo formado sem a participação do Partido Ennahda, com o parlamento retomando suas atividades em 28 de agosto e o líder do Ennahda, Rached Ghannouchi, continuando a presidir a assembleia até que um Tribunal Constitucional seja estabelecido.

O roteiro também pede que se abstenha de processar parlamentares e empresários e evite todas as práticas que sejam consideradas violações dos direitos humanos e das liberdades públicas e individuais.

Al-Araby Al-Jadeed informou que o governo dos Estados Unidos está preocupado com a situação na Tunísia e a considera uma das prioridades da Casa Branca.

LEIA: Silêncio ocidental favorece autocracia na Tunísia, alerta ex-premiê italiano

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