Estados falantes do árabe rejeitam aproximação entre Israel e União Africana

Nesta terça-feira (3), sete estados-membros falantes do árabe expressaram à União Africana seu repúdio ao status de observador outorgado a Israel, reportou a agência Anadolu.

Em 22 de julho, Aleli Admasu, embaixador israelense na capital etíope Addis Ababa, apresentou suas credenciais a Moussa Faki, presidente do bloco, e o estado da ocupação foi então contemplado com o status extraordinário entre as nações africanas.

A imprensa árabe — incluindo o proeminente jornal egípcio al-Masry al-Youm — confirmou que as embaixadas da Argélia, Egito, Ilhas Comores, Djibouti, Tunísia, Mauritânia e Líbia em solo etíope entregaram uma nota de repúdio a Faki sobre a aproximação entre as partes.

As representações diplomáticas argumentaram que a parceria com Israel contradiz o apoio expresso da União Africana à causa palestina e seus princípios. Em seguida, exortaram que a pauta seja debatida em reunião dos chanceleres do bloco, em outubro.

As embaixadas da Jordânia, Kuwait, Catar, Iêmen e a missão da Liga Árabe em Addis Ababa expressaram apoio à posição dos países em questão.

Em 25 de julho, a Argélia reportou que a medida foi imposta sem a devida consulta.

Israel possui laços com seis dos 22 estados árabes — Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos.

As relações israelo-africanas se deterioraram nos anos 1960, quando Tel Aviv ocupou os territórios palestinos de 1967, isto é, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza, além das colinas de Golã, pertencentes à Síria, e a península do Sinai, do Egito.

O estado egípcio recuperou o Sinai sob um acordo de paz com Israel, em 1979.

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