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Irmandade Muçulmana exige da Tunísia um “diálogo sério” e respeito à democracia

Forças de segurança da Tunísia protegem o Parlamento enquanto apoiadores e opositores se reúnem em frente ao prédio depois que o presidente tunisiano Kais Saied anunciou ter assumido plenamente a autoridade executiva, além de suspender o Parlamento em Tunis, Tunísia, em 26 de julho de 2021 [Nacer Talel/Agência Anadolu].
Forças de segurança da Tunísia protegem o Parlamento enquanto apoiadores e opositores se reúnem em frente ao prédio depois que o presidente tunisiano Kais Saied anunciou ter assumido plenamente a autoridade executiva, além de suspender o Parlamento em Tunis, Tunísia, em 26 de julho de 2021 [Nacer Talel/Agência Anadolu].

A Irmandade Muçulmana convocou ontem o presidente tunisiano Kais Saied e os políticos e facções do país para iniciarem um “diálogo sério” a fim de superar as crises atuais que enfrenta, informou a agência de notícias Anadolu.

Em uma declaração publicada no site oficial da Irmandade Muçulmana dois dias após Saied ter demitido o primeiro-ministro Hichem Mechichi e paralisado o parlamento.

O grupo disse que “está acompanhando de perto os acontecimentos chocantes na Tunísia”.

Salientou que “a democracia deve ser respeitada neste momento crítico, os ganhos dos tunisianos devem ser mantidos” e “as escolhas livres dos tunisianos devem ser colocadas no topo das prioridades”.

“Apelamos ao povo tunisiano, às forças políticas e sociais, incluindo o presidente, o parlamento e o governo, para que iniciem um diálogo sério”.

A Irmandade Muçulmana enfatizou que “o diálogo sério impedirá que o país deslize para uma inclinação escorregadia de violência, destruição e caos inaceitáveis”.

No domingo, Saied destituiu o governo, congelou o parlamento e assumiu sozinho a autoridade executiva sobre reivindicações de impasse político que levaram à deterioração das condições econômicas do país.

Sua ação veio após protestos contra a piora das condições econômicas e o mau trato do governo com a crise do coronavírus.

A maioria dos blocos parlamentares condenou a ação de Saied como um golpe de Estado, chamando-a de inconstitucional. Apenas um bloco, que ocupa 15 dos 217 assentos, composto por remanescentes do antigo regime, o apoiou.

LEIA: Ghannouchi forma frente nacional para anular decisões do presidente da Tunísia

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