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Embaixador do Marrocos insiste que reino não espionou Macron

O presidente francês Emmanuel Macron (dir.), ladeado pelo embaixador marroquino na França Chakib Benmoussa, sorri ao participar de um jantar organizado pelo Conselho Francês da Fé Muçulmana (CFCM) para quebrar o jejum do Ramadã, em Paris, em 20 de junho 2017 [Benjamin Cremel/AFP via Getty Images]

O embaixador do Marrocos na França, Chakib Benmoussa, negou que seu país tenha adquirido ou usado o spyware israelense Pegasus para atingir o presidente francês Emmanuel Macron, informou a RT. Benmoussa condenou as afirmações em contrário como uma tentativa de “desestabilizar o reino por redes antiMarrocos na França e em outros lugares”.

O embaixador insistiu que as relações entre Paris e Rabat são “especiais e baseadas em laços humanos e culturais históricos e muito fortes e interesses comuns”. Ele disse ao Le Journal du Dimanche que o “Marrocos não espionou o presidente Emmanuel Macron, nem espionou o ex-primeiro-ministro ou membros do governo”.

De acordo com uma reportagem do jornal francês Le Monde, as autoridades marroquinas usaram o spyware Pegasus desenvolvido pela empresa israelense NSO para espionar o Macron. Afirmou que um dos números de telefone que Macron tem utilizado regularmente desde 2017 até muito recentemente constava da lista de números escolhidos pelo Serviço de Segurança do Estado do Marrocos para serem monitorizados através do software Pegasus.

Como resultado, Macron mudou seus números oficiais e pessoais e convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Defesa Nacional para discutir o arquivo de spyware. “Um certo número de protocolos de segurança foi modificado”, explicou o porta-voz do governo Gabriel Attal, “especialmente em torno do presidente Macron”.

LEIA: O spyware Pegasus e as consequências à privacidade

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