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Penas de morte no Bahrein aumentaram 600% desde 2011

Mohammed Ramadhan, 37 anos, e Hussain Mousa, 34 anos, figuras de liderança nos protestos populares do Bahrein durante a Primavera Árabe, em 2011 [BIRD]

O uso de tortura e pena capital “aumentou substancialmente” no Bahrein, no período de dez anos, após os protestos populares da Primavera Árabe, em 2011, revelou um novo relatório da ong britânica Reprieve e do Instituto de Direitos e Democracia do Bahrein (BIRD).

Segundo as informações, sentenças de morte emitidas por autoridades barenitas aumentaram mais de 600%, com ao menos 51 indivíduos condenados desde então.

Apenas sete pessoas receberam pena capital na década anterior à Primavera Árabe.

O relatório denunciou ainda o uso generalizado de tortura, sobretudo em casos de “terrorismo”, apesar de promessas do governo de reformas institucionais em direitos humanos.

Cerca de 88% dos indivíduos executados no Bahrein desde 2011 foram condenados por “terrorismo”; todos sofreram tortura, reiteraram as organizações.

Vinte e seis homens enfrentam hoje a iminente execução, onze dos quais relatam tortura.

Segundo documentos judiciais, os casos incluem condenações baseadas em confissões falsas obtidas sob violência perpetrada pelas autoridades relevantes.

O relatório foi publicado no primeiro aniversário da decisão do judiciário barenita de manter as sentenças de morte contra Mohammed Ramadhan, policial do aeroporto, e Hussain Moosa, motorista do setor de hotelaria, que participaram dos protestos.

Ambos foram condenados por “confissões” sob tortura.

LEIA: Juristas internacionais pedem fim das execuções políticas no Egito

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