Portuguese / English

Middle East Near You

Incêndio criminoso destrói escola em aldeia Xakriaba após protesto pacifico de indígenas

Incêndio na escola Xukurank, na Aldeia Barreiro Preto, terra indígena Xakriabá, Minas Gerais, em 24 de junho de 2021 [Reprodução]

Na madrugada desta quinta-feira (24), uma aldeia indígena Xakriabá foi incendiada em São José das Missões, Minas Gerais. O fogo destruiu uma escola e uma casa de medicina tradicional, na Aldeia Barreiro Preto, e ninguém ficou ferido. Na quarta-feira, os indígenas protestaram de forma pacífica contra a aprovação do Projeto de Lei 490 e fecharam a BR-135, entre São João das Missões e Manga, por cerca de cinco horas.

Segundo o G1, o prefeito da cidade Jair Cavalcante Barbosa disse que espera que a justiça seja feita e que tudo indica que foi um ato criminoso. De acordo com a Polícia Federal, as circunstâncias do incêndio ainda são desconhecidas.

A líder Célia Xakriába organizou uma campanha de arrecadação online para ajudar na reconstrução da escola Xukurank e Casa da Medicina Tradicional Xakriabá, entretanto, não será possível recuperar todos os documentos e arquivos perdidos. “Estamos vivendo em cortina de fumaça, com os direitos indígenas sendo saqueados, ontem acabaram de votar PL 490, que anula a Demarcação dos Territórios Indígenas. Já não basta cenário de guerra, precisa provocar outras guerras?” escreveu. “[O incêndio] vai prejudicar a vida, não somente de quem trabalha na escola, de todo mundo. A escola vai ter dificuldade de caminhar sem a vida documental de cada criança, de cada pessoa que precisar, de um jovem que quiser sair pra estudar, de todo mundo que tem trajetória escolar.”

O projeto de lei 490/2007 determina que são terras indígenas aquelas que estavam ocupadas pelos povos tradicionais em 5 de outubro de 1988; necessitando da comprovação da posse de terra no dia da promulgação da Constituição Federal.

LEIA: Indígenas no Brasil e palestinos: lutas que se encontram

Categorias
América LatinaÁsia & AméricasBrasilNotícia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments